Era constante algumas crianças passarem atrás dos colchões que ficavam dispostos em pé após o lençol ser colocado durante a manhã. Essa atitude, quase que diária, agitava muito a turma pois corriam por detrás, trombavam-se, os colchões caíam, lençóis saíam.
Mesmo com uma proposta de pintura, leitura ou brinquedos, não era suficiente para que todos se envolvessem, e o colchão tirava a atenção dos outros para algo que não estava sendo legal.
Através do nosso olhar e de uma escuta ativa, pensamos e propomos criar percursos que envolvessem os colchões.
Foram feitas rodas de conversa, falamos sobre a utilização dos colchões questionando sobre seu uso e em qual momento eles usavam. Então, contamos que os colchões seriam utilizados em um ambiente organizado para brincadeira e que apenas nesse momento poderiam brincar neles.
Com o passar das semanas pudemos notar um avanço em relação a compreensão da maioria. O comportamento mudou positivamente. Nossa intervenção direta se faz presente em raros momentos, em outras vezes, as próprias crianças contam: “olha o fulano no colchão”.
“A escuta é um movimento sensorial: não se escuta só com os ouvidos, mas com o corpo todo.”
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